domingo, 11 de novembro de 2012

Tecnologia Amiga

Um bipe, uma mensagem - "oba, alguém me chama".
Clico, arrasto, abro e vejo: alguém do outro lado.
Saudades... Quero estar perto, junto.
"Onde vocês estão? O que estão fazendo agora?" - eu pergunto.
"Estou aqui" - elas respondem.


Em questão de minutos, não há mais distância para nossa amizade e nos colocamos no lugar da outra. Compartilhamos momentos mágicos e rotineiros, físicos e virtuais.
Instantanea é a tecnologia, duradouros são os momentos de alegria com vcs.


Fotos tiradas por 4 amigas, cada uma em um lugar do Brasil, aproximadamente à 13:35 de uma quarta feira qualquer.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Observações aleatórias de dentro do carro

Enquanto estava dentro do carro, entediada pela morosidade do transito vespertino, foi impossível evitar que alguns comentários povoassem minha mente:

1) Motoqueiras e legging não caminham juntas - ou pelo menos, não deveriam. É bem desagradável ficar presa no transito atrás de alguém vestida assim, tendo uma visão - ironicamente - privilegiada de cada pedaço da bunda de alguém, podendo ver cada centímetro do avantajado popo, sacolejando junto com o vrum do motor.

2) Pergunta à BH Trans: "pq vcs não colocam data nas faixas de alerta"??? Aqui dizia para evitar a via por causa de um evento na avenida. Ok, estou disposta a colaborar, mas o recado vale para hoje? Amanhã? Ontem? Para além da eternidade?? Me ajude a te ajudar...

3) Por fim, ao olhar para o lixo acumulado dentro do carro, chego a conclusão de que gosto MUITO de bebidas de limão.

É isso... E vc, o que viu por aí?

sábado, 13 de outubro de 2012

Filme "Intocáveis" e eu


Ontem a noite, fui ao cinema. Que delícia.
Adoro filmes, mas adoro ainda mais ir ao cinema. Muitas pessoas que conheço já não saem mais de casa com este propósito - baixam o filme na internet e pronto. Acho que elas estão perdendo uma oportunidade.

Ontem, fiz exatamente o programa que queria: saí de casa com os cabelos molhados, em uma noite fresca, calçando minhas havaianas velhas, com a bolsa mais leve do que o normal, deixando o carro na garagem, de mãos dadas com meu companheiro.

Tínhamos um plano - assistir aos "Intocáveis". Um foi para fila do ingresso, outro para a fila da pipoca. Ainda dava tempo de fazer uma horinha até o início da sessão.
- Olha quem está aqui!

Me virei para trás. Oh, que boa surpresa. Ali estavam duas pessoas muito queridas, que há muito não via. Rever amigas de infância é sempre gostoso.  Papo vai, papo vem, hora de entrar. Sala lotada e nos separamos.
 - A gente se vê no final.

As luzes se apagam e logo fico encantada com a delicadeza do filme. Como pode um tema tão pesado/delicado se transformar em uma comédia capaz de fazer uma sala cheia de gente rir, ou melhor, gargalhar? Ai ai... Acho que fazia um bom tempo que não ria tão alto assim.

Uma das frases mais fortes do filme, para mim, é a do personagem principal, que, após um acidente, fica tetraplégico. Ele justifica, para um amigo preocupado, a contratação pouco convencional do novo "enfermeiro". Phillipe diz que o rapaz é exatamente o que ele precisa - alguém que não tem compaixão; alguém que não entende as necessidades e limitações dele. Só assim, ele pode ser tratado como o ser humano que era antes do acidente. Daí, o nome do filme faz todo sentido para mim: "Intocável", não 'invensível" - como do faroeste, mas de "distante" e "incompreendido". De "incompreendidos".

A história se desenrola e mostra um encontro de dois mundos muito diferentes - o de Phillipe e de Driss - o enfermeiro. Acho que este é o ponto chave do filme: como duas pessoas tão diferentes conseguem modificar a vida do outro, de forma tão intensa e espontânea.

Fin. As luzes se acendem e as pessoas, calmamente se alinham para sair. Ali estão as meninas.
- E aí, gostaram?
- Sim, muito.

O encontro com estas duas pessoas me trouxe um "significado ampliado" para o filme. Há quem diga que a própria história de vida delas é, também, um filme. A rotina de enfermeiros, banhos na cama, fisioterapia, remédios e dor, mostrada no filme soa muito familiar (até demais) às minhas amigas.Elas precisam fazer da vida delas - um assunto pesado mas delicado - uma piada.

Penso que é por estas e por outras que ir ao cinema é muito diferente do que assistir um filme em casa. Você tem a chance de fazer aquela história se transformar em outra - mais pessoal, mais emocionante, mais real. Para mim, esta é a minha história para este filme.

domingo, 7 de outubro de 2012

O dia em que conheci o Sílvio

É sábado e meu despertador toca às 6 da manhã. Abro e fecho os olhos pensando que mereço mais 2 minutos de sono, mas o alarme insiste - o sono é para os fracos. Hoje não será um dia um dia como os outros.

Faço força para me levantar. Bom dia, amiga - ouço o sussuro e respondo com um sorriso. Que bom, não estou sozinha. Tenho que tomar um banho. A água quente me desperta e conforta. Antes das 7, estamos dentro do táxi, com um gentil senhor:
- Vamos até o Pinheiros.
- Pois não.
- E depois para o programa do Sílvio!

Breve momento de silêncio para deixar a cabeça se acostumar com que acabou de ser dito.
- Sílvio... Santos? - diz o taxista.

As gargalhadas nervosas no banco de trás confirmam. Siiiiim! Vamos ali ver o Sílvio Santos. Dá para acreditar? A corrida é curta, mas suficiente para dar alguns detalhes do encontro tão esperado.
- Boa sorte! Pegue um aviãozinho por mim! - diz ele, que no próximo domingo vai ligar a TV para nos ver.

Saimos de um carro e entramos em outro: a caravana da alegria começa a se formar! Às 7 da manhã de um sábado em SP, somos 4. Rumamos para Osasco, em ritmo de festa. O caminho e o desejo comum de conhecer o Sr. Sílvio nos aproxima. A alguns quilometros dali, outras 3 se preparam para se juntar a nós.

De baixo da placa com a sigla mágica - SBT - fotos, fotos, fotos. Risadas, gargalhadas e gritinhos. Antes das 8 da manhã, somos, oficialmente, participantes do programa do Sílvio. Aos poucos, nossas outras "colegas de trabalho" vão chegando: altas, baixas, gordas ou magras; senhoras, garotas, mocinhas ou vovós; Diadema, Osasco, São José, Vila Santa Amália. Todas com o bom humor estampado no rosto - imagino q além de pensar no Sílvio, pensam também nos R$50 que poderão levar para casa consigo. No nosso grupo -  o das diferentes do lugar - muita alegria e emoção. Às 10 da manhã, já somos 200, reunidas numa antessala.

O tempo passa, a ansiedade aumenta, um ícone da TV se revela a cada minuto. A porta do estúdio se abre - ainda não pode entrar, mas dá para espiar. A equipe fala ao microfone, repassando instruções ("não existe mulher feia. Existem mulhres que não conhecem os produtos Jequiti."; "O Roque esteve aqui? Siiim. Ele ensaiou vocês? Nããão. Mas o que ele estava fazendo aqui? Naaadaaa."). Silêncio - daqui a pouco ele vem aqui para falar com vocês.

E neste minuto, entra do Roque. Uma lenda viva, logo na minha frente. Olho para minhas amigas e todas têm um sorriso estampado no rosto - como boas tietes que são. Penso que talvez estejam se sentindo um pouco como eu - grata por poder fazer algo que nem imaginavam ser possível. Viver definitivamente  não é o mesmo que ver - mesmo que a TV insista em nos diz o contrário.

Amizades instantaneas de sala de espera, reforço de última hora na chapinha do cabelo, mensagens de celular, desejo de ver o Sílvio e de ser famosa. Às 10h30, este é meu mundo. Vamos entrar? Nem acredito. Nossas mãos se apertam e os olhares dizem como é bom ter você ao meu lado para me mostrar que não estou sonhando.

Sílvio Santos vem aí. Ohh! Com seu cabelo impecável, terno alinhado, sapatos engraxados e unhas feitas. Estou tão perto dele que ouço sua voz de verdade, sem a ajuda do microfone. "Ririririri", seus calcanhares se levantam do chão, enquanto as mãos rumam os bolsos do paletó.
- Não acredito que ele acabou de fazer isso, bem aqui na minha frente.
Ele ri e faz rir. Sua fala é mágica. Sua figura emblemática. A cinco passos de distância, estou mais hipnotizada do que nunca. Viva o Sílvio. Viva seu vigor, agilidade, genialidade  e simpatia.

As horas se passam, as brincadeiras acontecem, os prêmios são ganhos e o dinheiro distribuído. Ouço alguém da produção dizer que aquele é seu playground. Se isso for verdade, seria eu uma boneca? Bom, não me importo - ciente que este é o preço que se paga por admirá-lo.

Agora é 1 da tarde de um sábado ensolarado em Osasco e as gravações de hoje se encerram. Continuo sem acreditar nisso tudo que me aconteceu e tento imaginar quantas vezes vão me pedir para contar sobre o dia em que conheci o Sílvio.

Me conforta pensar que num domingo a noite próximo, seremos milhares à frente da TV.


 

domingo, 10 de junho de 2012

olhar atento

taxistas são um "mal necessário": são folgados no transito, mas fazem a nossa vida mais prática e simples; são os "donos da rua", mas ajudam a manter o transito mais suportável a medida que a cada um q entra, representa menos um carro na rua; em dias de chuva, desaparecem, mas têm a capacidade de te levar àquele endereço que vc nunca ouviu falar.

antes de xingar um taxista por parar em fila dupla na sua frente, pense bem em tudo que ele vê todos os dias, pelas ruas. Imagine a quantidade de gente que sentou no banco de trás do carro (as mais mal humoradas, grosseiras, desconfiadas e sem educação) ou quantos quilometros já foram percorridos por aquele motorista. Este cara aguenta o transito por vc...

entre um cliente e outro, foi criado o blog Things I see from my cab (http://www.thingsiseefrommycab.com/) - na tradução livre "as coisas que vejo do meu TX". O site traz registros fotográficos feitos por um taxista de Nova York, que tem o olhar atento para a cidade e a multidão que ali habita.

Para falar a verdade, achei a cara do site é um pouco confusa, mas não importa... afinal de contas, o lay out da página é um reflexo da loucura da cidade. Dentre as fotos publicadas, vc vai encontrar turistas perdidos na cidade, imigrantes (muitos) em constraste com a vida local, bandeiras americanas, belos por-do-sol (ou "pores do sol" ou "por dos sóis" ou...)  e algumas bizarrices.

Vale a pena dar uma passadinha lá e reparar. Acho que vale mais a pena ainda, sair de casa amanhã imaginando que você é este taxista e registrar alguns destes momentos (cenas, pessoas, lugares, etc) interessantes que estão tão perto, mas que por falta de atenção ou excesso de foco em outras coisas, nem vemos.

t+





terça-feira, 5 de junho de 2012

#miniONUfeelings

Já escrevi varias vezes aqui no blog sobre os movimentos de Idas e Vindas da vida, sobre como as coisas tem 2 lados e como, muitas vezes, elas se repetem ao longo dos anos. Pois êh. Recentemente, eu fui aos States, em uma viagem a trabalho, e a sensação mais imediata q me veio a cabeça foi "#MiniONUfeelings". Para aqueles q não conhecem a Mini ONU, segue breve explicação: eh um encontro de alunos de 2•grau, distribuídos em delegações - cada uma representando um pais - em diversos comitês e/ ou organizações (OMC, unicef, bid, etc). A idéia deste teatrinho êh iniciar os jovens alunos no mundo das relações internacionais, mostrando a importante de um bom argumento, importância de fazer boas alianças e da diplomacia. 10 anos depois de participar de uma Mini ONU - e aí vem a graça e beleza das Idas e Vindas -, lá estava eu em uma "Mini ONU" de negócios, muito profissional - ou contrario da experimentação da anterior - sentada em uma sala com um monte de gente, cada um de um pais (bric, desenvolvidos, em crise, em decadência; democracias, republicas comunistas e ex-comunistas, radicais; grandes, pequenos, médio, gigantes ou minúsculos; etc). (me lembrei daquele vídeo campeão de correntes de e-mails, do Steve Jobs - q a poeira cósmica o tenha - sobre como as coisas inúteis, em algum momento, fazem sentido e agregam experiência na vida da gente. Para os q não receberam a corrente ou deletaram antes de abrir o vídeo, segue link http://www.youtube.com/watch?v=UF8uR6Z6KLc&feature=youtube_gdata_player ) além da diversidade de línguas faladas, estilos e tipos de pessoas presentes, fiquei impressionada pela forca do familiar: n^os, brasileiros, imediatamente, nos identificamos com os panamenhos, colombianos, argentinos, mexicanos e chilenos também presentes. Como êh q pode?? Sem perceber, a gente se junta dos "próximos", mesmo sem saber quem eles são.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

quem te ensinou a nadar?

Esta modernidade é muito louca, é demais para minha cabecinha... quando me acostumo com twitter, facebook, blogs, sites, e aplicativos, me aparecem os tumblrs. Tumblr para cá, tumblr para lá, "vc não pode deixar de ler este tumblr", tumblr, tumblr, tumblr, tumblr, ahhhhh!

Outro dia, li em um site muito legal que a nossa geração (nascidos entre 1975 e 1990) não está preparada para as redes sociais, para o mundo virtual como conhecemos hoje. fiquei espantada com o comentário pois veio de um publicitário - um cara antenado /bloggueiro / formador de opinião, que me parecia mais inclinado em advogar em prol da Ipadização da vida, da instagraninização das imagens e do cloundsoundingnizamento do som.

Concordo com ele. Realmente, é um mundo de possibilidades a nosso dispor, mas que tem hora que isso me incomoda muito. Tenho a sensação que ter tantas possibilidades faz com que a gente não se comprometa com nada. As idéias vêm e é muito difícil levá-las a frente; são muitas opções, condições e variações. Daí, vc nada num mar, sempre com uma praia à vista, mas nunca chega lá pois as ondas que passam te carregam para trás. Isso se não aparecer o Monstro do Lago Mess ou uma baleia Moby Dick da vida, ambos capazes de te engulir com a mesma velocidade em que se clica em um botão de Like.

É... não é fácil não. Alguém tem uma boia ou colete salva-vidas sobrando aí?

domingo, 15 de abril de 2012

plantinhas, vasos, terra, gnomo...

Ois!

Não sei se vc já fez este exercício, mas acho que vale a pena: qualquer dia destes, se disponha a prestar atenção no caminho que vc faz da casa para o trabalho (ou de casa para a faculdade, escola, clube, igreja, etc). Você pode dizer "mas eu já faz isso todo dia, afinal de contas preciso ficar atento(a) para não bater o carro!". Ok, mas estou te propondo prestar atenção mesmo - nos mínimos detalhes, virando o pescoço para ver as fachadas e esquinas de outro ângulo, olhando para cima até o último andar dos prédios, reparando na copa das árvores.

Ainda não se motivou? quem sabe com uma aposta: eu tenho certeza que vc vai encontrar alguma coisa que nunca tinha percebido. Te dou um exemplo: outro dia, voltando do almoço, gastei 5 minutinhos na frente do jardim de uma casa só reparando na beleza do jardim. Tinham umas 5 orquídeas (no alto de 3 árvores, bem na sombra, cada uma de uma cor) e 2 canteiros de rosas vermelhinhas.

Pode paracer romantico demais para um domingo a noite - meio Poliana, da minha parte - mas acho isso um máximo. Digo isso porque as cidades podem ser tão áridas, tão impessoais, tão cinza que qualquer flor é brilho.

Quer outro exemplo de beleza/leveza na cidade? Músicos no metrô. Tem sempre um pessimista que vai dizer que o cara está lá tocando só para ganhar um trocado, mas eu não deixo de achar que ter música nos corredores é uma forma de embelezar a cidade em que se vive. é uma forma de torná-la um pouquinho mais aprazível aos olhos, ouvidos e sei lá.

Semana passada, quando eu estava a caminho do trabalho, escutei na rádio CBN que um maluquinho em Nova York inventou um jardim portátil (??). A ideia do mocinho é adaptar o teto dos ônibus da cidade para que eles carregem um jardim (plantinhas, vasos, terra, gnomo...), aumentando assim a área verde da cidade.

Na hora que escutei a notícia, foi um pouco difícil de imaginar, mas, de curiosidade, entrei no site para ver ( http://catracalivre.folha.uol.com.br/2012/04/jardim-em-cima-do-onibus/ ) e curti. Preconceitos e resistencias a parte, pensei que esta é uma maneira de transformar um espaço que não serve para muita coisa de forma a suavizar a Selva de Pedra de todo dia.




quarta-feira, 11 de abril de 2012

Amigo Gerente, sua loja é uma bosta!

Não gosto de blogs em que as pessoas depositam todo seu veneno na tela - sabe aquele tipo de gente q reclama por reclamar ou pq acha bonito falar mal dos outros? Verdadeiros azedumes de pessoa - mas preciso desabachar: tem loja/marcas que conseguiram ganhar minha antipatia.
Será que o mercado está tão bom que dá para destratar a clientela??

- Relatos de uma cliente insatisfeita 1 - Maria Filó, no BH Shopping
Como é que a maior numeração da loja (o G) equivale ao 42?? vcs acham que o mundo sofre de anorexia ou que vivemos todos felizes pelas ruas do Rio de Janeiro, como se fosse numa novela da Globo?
Ah! Gerente, avisa aí para sua funcionária que ela tem a obrigação de trabalhar com cara boa e que, se ela já respondeu à pergunta "não tem maior?" 30 vezes naquele dia, esta foi a 1º vez que eu pergunto para ela.

- Relato de uma cliente insatisfeita 2 - Floriana, na Savassi
Sim, eu pergunto o preço antes de comprar... Isso não faz de mim desprezível!
Não quer responder, então coloque uma etiqueta em todos os produtos com ela informação, de forma bem clara e evidente. Acha que assim vai desvalorizar o produto e não vai poder me cobrar mais caro? Foda-se.

- Relato de uma cliente insatisfeita 3 - M.A.C, em qualquer lugar do mundo
Nunca, repito - N.U.N.C.A - entrei em uma loja que tivesse um(a) vendedor(a) livre para me atender. Os produtos são ótimos - isso é inegavel - e os preços, especialmente no exterior, são razoáveis, mas caçar vendedor à laço não tem graça.
Gente, quem não tem cara de perua tb é cliente!

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Sabedoria (?) popular

Contrariei a sabedoria popular. Aquela história de que "não se deve julgar um livro pela capa" pode até ser verdade, mas em épocas de design avançado, fui seduzida pela capa de um CD.

Eu estava acompanhando meu Amado, em meio de prateleiras, caixinhas, títulos e sons e, percebendo que tenho escutado basicamente o que ELE escuta (convivência extrema faz isso mesmo), resolvi adquirir um CD para mim. Do meu gosto. Para mim.
Comecei a procurar naquela loucura e imensidão de opções, mas nada me apetecia... lady gaga não, as mesmas bandas de novo não, as 7 melhores da pam podem ser ouvidas na rádio, artistas performaticos demais tb não, tema de novelas nem pensar... oba, gostei desta capa! que banda é esta? não sei... nesta hora, o vendedor estava longe demais para perguntar - na verdade, o que aquele moço poderia dizer sobre o meu gosto musical? nada...

Olhei novamente para a capinha do CD, buscando alguma dica sobre o tipo de som da banda, de onde vinham, qual o estilo...  a única mulher do grupo, estava com uma roupa diferente e à frente da banda - deve ser a cantora (negra. q deve ter um vozerão).
Atrás dela, uma big band (8 caras) que, pelo modelito moderno/vintage/vestidos-tipo-conjuntinho, deve ter um que toca um tecladinho bacana + algum instrumento de sopro. a mistura de idade deles é um bom sinal (gente experiente com gente "verdinha", jovem).
Afoto foi tirada nos fundos de um prédio - tipo na escala de incêndio. isso me leva a acreditar que são músicos - não rock-stars, fazem o som pela música, não pela fama.

É...

Vou levar. - "Só espero que não seja um monte de gringo fazendo versões infames de bossa nova..."



Curti. Curti muito... do jeito que eu gosto.
Acho que a dica da capa do livro não pode ser aplicada a Cds. que bom!

sábado, 7 de abril de 2012

Insônia é...

1) quando vc está na cama e obviamente, o sono não vem;
2) quando a pessoa do seu lado ronca mais alto do que o normal - justo hoje q não consigo dormir!?!;
3) quando seu cabelo faz barulho ao encostar no travesseiro;
4) quando nenhuma posição lhe parece confortável e vc pensa "é hora de trocar o colchão";
4) quando as mellhores idéias do dia surgem na sua cabeça, junto com uma lista de atividades q vc não fez durante o dia que passou;
5) quando vc coloca a culpa da insônia nas largas doses de Coca-Cola e/ou café ingeridas nesta tarde;
6) quando vc pensa que ler um livro neste momento pode ajudar a dormir, mas... ai que preguiça de ler agora. Daqui a pouco eu pego no sono;
7) quando vc começa a fazer listas idiotas como esta, só para se distrair enquanto o sono não vem.


sábado, 31 de março de 2012

cuidado com o que vc diz por aí - pode ser demais para mim

Depois de sair e encontrar pessoas, deito na minha cama e alguns trechos das conversar daquela noite me vêm a cabeça. Rapidamente, chego a uma consulsão: preferiria não saber tantos detalhes sobre os problemas, crises e dúvidas alheias. Sei que a omissão pode ser ruim, mas a riqueza de detalhes, quando excessiva, também pode ser prejudicial.

Agora, fico eu, com todas estas histórias a povoar minha mente, rezando para que esta lembrança não dure muito. Sim, me dispus a escutar - talvez este seja o erro. Não, não quero saber das suas sujeiras, do quanto você insistiu, do seu desespero desequilibrado nem das mentiras que inventou para justificá-lo.



Se eu quisesse saber sobre bizarrices e dramas, assistiria a um filme do Almodovar.

domingo, 4 de março de 2012

as aparencias enganam


Revistas são ótimas companhias para quem está em trânsito, indo de um lado para outro. Explico porque:
1)      São leves – geralmente, mais do que os livros – e para quem está viajando, peso pode ser um problema ou uma dor nas costas;
      2)      São baratas e podem ser compradas em qualquer banca. Por custarem pouco, você pode simplesmente jogá-la fora depois de ler;
     3)      Mais motivo: a leitura é rápida e fácil, exige pouca concentração. Já experimentei ler Saramago no sacolejo de uma turbulência e é simplesmente impossível – a não ser que vc queria vomitar em cima do livro (não, ele não merece).

Por causa das idas e vindas, tenho me divertido cada vez mais com revistas e, por ler mais, acabei experimentando alguns títulos que não conhecia. Tomei conhecimento da Lola e me encantei: matérias bem escritas, editoriais super bem produzidos, uma revista inteligente e gostosa de ler, em que uma matéria está relacionada com a posterior – fato que cria certa cadência à sua leitura... um verdadeiro barato que recomendo a todas.

Entretanto, fui a uma palestra com a editora da Lola, em Belo Horizonte e assisti Angélica falar até babar sobre a leitora da revista. Sentia que ela estava falando de mim, sobre meus hábitos, neuras, realizações, etc. Gostei tanto de escutá-la que, ao final, quis cumprimenta-la pela apresentação e pela revista:

- Angélica, eu sou Mariana mas acho que, na verdade, me chamo Lola! Me identifico muito com a revista!

- Jura? Que bom, mas vc tem uma carinha de Gloss...
Meu mundo caiu. Putz! Como é que esta mulher me chama de Gloss??? Me senti ofendida! Ela acabou de dizer que sou “novinha” (não do funk, mas bobinha, imatura, juvenil), que precisa de alguém dizendo o que é certo ou errado... Filha da mãe... Se você pegar as duas revistas e coloca-las uma do lado da outra, vai ver do que eu estou falando. Vc também se ofenderia...

Depois disso, minha baixa-estima natural explodiu dentro de mim e me fez perguntar a um amigo, que me acompanhou na apresentação. Ridícula, com olhos de gatinho do Sreck, mas perguntei.

Semana passada, li uma Gloss, que apareceu na minha mesa do escritório, sem nenhum gosto ou admiração. Revistinha fraca, não é para mim... Quer saber, não preciso de editora nenhuma dizendo para mim se sou isso ou aquilo. Como boa Lola que sou, leio a revista que quero, do meu jeito, na minha hora, para mim.

Angélica, com todo respeito, continue fazendo esta bela revista que eu continuarei lendo, lolamente.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Dica de Livro

Sexta-feria pré carnaval, recebi uma mensagem de uma amiga que - coitada - estava  absolutamente entediada no aeroporto, lamentando por ter despachado seu livro e estar sem nada para ler naquela hora. Para resolver o problema, a solução mais óbvia foi dar uma passadinha na livaria da sala de embarque. Em questão de minutos, e com a ajuda do cartao de crédito (uma das melhores invensões do século), ela estaria com um novo título em mãos apreciando o bom hábito da leitura. EstaRIA...

Por que não dá para resolver? Qual o problema com a La Selva??? O mesmo que o de muuuuitas livrarias de hoje em dia:
1) os funcionários não fazem a mínima idéia do que estão vendendo (perdão, http://manualpraticodebonsmodosemlivrarias.blogspot.com/ nem todos são iguais a vc);
2) a qualidade dos títulos é de chorar.

Depois que J.P. (vou manter a identidade de minha amiga anônima somente pelo gostinho do suspense), lembrei q há um tempo, fotografei uma prateleria da La Selva - não por querer todos os livros q ali estavam, mas por revolta mesmo.


Da esquerda para direita: "Os segredos das mulhres inteligentes", "Os homens preferem mesmo as loiras", "O segredo das mulhres apaixonadas", "Jogue fora 50 coisas" (a começar por este livro, né?), "O Poder do charme" (do vendedor)...

Me explica quem está mais errado nesta história: os autores, que se propoem a escrever algo assim; as livrarias que não têm vergonha na cara ao oferecer uma porcaria destas; os leitores que compram isso, repentem a filosofia de buteco que é apresentada nos livros e ainda incentivam tanto as livrarias quantos os autores a produzem mais lixo??

De qualquer forma, deixo uma dica de livro para todos os leitores do blog: não despachem o seu!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Se eu fosse só carnaval

Se eu fosse só carnaval, algumas pessoas teriam dificuldades para me reconhecer. Como confete, pequenos pedaços de mim seriam pulverizados na multidão, sem destino certo, ao vento, sem a mínima possibilidade de voltarem para a mão de onde saíram.
No mEU carnaval, as conversas com pessoas conhecidas seriam mais íntimas, com troca de confidências e opiniões mais sinceras. Com estes, que há muito não vejo, seria capaz de retomar assuntos sem sentir meu rosto queimar de embaraço. Falar da infância, do presente e do que está por vir, sem nunca tocar no assunto “trabalho”. Demostraria alegria e afeto suficientes para transformar conhecidos em amigos.
Abraçaria meus queridos com mais entusiasmo e paixão, sem medo de parecer exagerada. Dispensaria momentos para dizer às pessoas que estão por perto que lembro delas – mesmo que elas não lembrem de mim, não importa.
Poderia ser identificada pela alegria, energia e sorriso.
Só me preocuparia em vestir o que há de mais confortável e carregaria o mínimo comigo – o limite dos bolsos e da memória seriam respeitados. Usaria fantasias – máscaras, não.
Um bigode não seria nunca um problema, especialmente se ele fosse feito com carinho, reciclável e engraçado. Chapéus do tamanho de um bambolê seriam fundamentais para trazer sombra ao rosto, me tornar ponto de referência na multidão ou o motivo da aproximação e/ou curiosidade de uma criança.
Deitar na cama? Só quando eu quisesse. O dia passaria sem nunca ouvir ou levantar a pergunta “que horas são?”.
Se eu fosse só carnaval, o bloco não pararia e todos saberiam tocar e dançar. A caminhada entre um ponto e outro seria ritmada.
Perco a conta pensando quantos assuntos, pessoas e momentos eu teria para sentir se eu fosse só carnaval – e nunca quaresma.


segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Coisa Fina

Será q vcs ja tiveram a sorte de conhecer o http://manualpraticodebonsmodosemlivrarias.blogspot.com/??
Vi uma pessoa comentando sobre ele no facebook e, atraída pelo título, entrei. Simplesmente adorei! Além do (mal) humor ácido, amei como nossa amiga da livraria fala dos momentos "OLHA....". Eles realmente não são incomuns no dia a dia das pessoas iluminadas por Deus, não é? Fiquei convicta disso na sexta passada, quando eu mesma presenciei um momento "olha...", digno de Manuais Práticos com estes olhos e ouvidos q a terra há de comer.

Eu estava sendo (bem) atendida pelo vendedor de Cds da Leitura - ele estava me mostrando um DVD do George Clinton, um dos grandes nomes da musica negra, gravado em um show no Festival de Montreaux - quando um sujeito de mais de 30 e menos de 40 anos perguntou ao vendedor:
- amigo, oq vc tem ai tipo Lounge?
- Lounge? Tipo oq vc gosta? Tem algum artista q vc prefere?
- Lounge... Para tocar uma festinha, tipo jantarzinho...
(silencio sem sinal de resposta por parte do vendedor)
- Um Lounge, mas eu quero coisa fina, cara!

...
Acho q se fosse eu, saceava e mostrava o CD do Kenny G pro sujeito. Coisa fina, ne?


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

time goes by...


Duas situações (em um mesmo dia) de que tempo é realmente relativo e q eu não tenho a mínima noção dele:

1)      Diálogo na padaria, logo de manhã:

(no caixa, vendo uma caixinha de coelhos de páscoa de chocolate)

Eu – nossa, já é Páscoa!

Caixa – pois é, não chegou nem a quaresma, mas já chegou a páscoa!

Eu – é resto do ano passado?

Caixa – Não. Isso chama “Capitalismo Salvagem”!



2)      Ontem, 02 de Fevereiro, ganhei um calendário de 2012. Hoje de manhã, percebi que deixei aberto na folha referente a Janeiro. Ps: o primeiro mês do ano já passou, filha...